Câmara aprova criação de política pública para saúde da mulher que pratica consumo abusivo de álcool
De autoria da vereadora Léia Klebia (Podemos)




O Plenário da Câmara de Goiânia aprovou, em segunda votação, nesta quarta-feira (9), projeto de lei (PL 317/2023) para criação de políticas públicas de amparo à saúde da mulher que pratica consumo abusivo de álcool.
De autoria da vereadora Léia Klebia (Podemos), a proposta prevê atendimento integrado e articulado, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme necessidades da beneficiada e de seus familiares.
O texto estabelece como diretrizes para efetivação do amparo à saúde da mulher que pratica consumo abusivo de álcool:
– oferecimento de assistência psicossocial, por meio de processo de recuperação integral, pautado na redução de danos, com medidas de reinserção social e com reconstrução de vínculos familiares;
– oferta de assistência multidisciplinar para avaliação do tratamento adequado;
– realização de campanhas permanentes de orientação e de aconselhamento sobre riscos decorrentes do uso de álcool;
– parceria entre entidades governamentais, organizações não-governamentais, instituições educacionais e empresas privadas.
Dados
Dados divulgados pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) apontam que, em 2020, cerca de duas mulheres morreram, a cada hora, por uso abusivo de álcool. No mesmo ano, 15.490 brasileiras perderam a vida por razões ligadas ao alcoolismo. A faixa etária mais afetada foi a de mulheres acima de 55 anos (70,9%), seguida por 35 a 54 anos (19,3%); 18 a 34 anos (7,3%); e de 0 a 17 anos (2,5%).
Entre 2010 e 2020, o consumo abusivo de álcool por brasileiras aumentou 4,25%. A tendência foi registrada em 12 capitais e no Distrito Federal, sendo que os maiores aumentos no consumo ocorreram em Curitiba (8,03%); em São Paulo (7,34%); e em Goiânia (6,72%).
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o consumo frequente de álcool provoca 2,8 milhões de mortes por ano no mundo – 100 mil delas no Brasil.
O projeto segue para sanção ou veto do prefeito Sandro Mabel (União Brasil).
Por : Quezia de Alcântara
Foto: SECOM CÂMARA
Reprodução: Top News Goiás