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Fim do Whatzapp de graça

Operadoras podem cobrar pelo uso do aplicativo.

fim do whatzapp (2)
fim do whatzapp (2)

As
principais empresas que atuam no Brasil permitem acesso ao
aplicativo de troca de mensagens sem cobrar pelo tráfego de  dados móveis.
Pelo menos três operadoras de telefonia discutem a possibilidade de encerrar o acesso
ilimitado ao WhatsApp. Atualmente, as principais empresas que atuam no Brasil permitem
acesso ao aplicativo de troca instantânea de mensagens sem cobrar pelo tráfego de dados
móveis.
Leia mais:
Telefônica Brasil estuda fim do acesso ilimitado ao WhatsApp
Três principais operadoras do Brasil discutem fim do WhatsApp ilimitado por custos do
5G
A prática é chamada de “zero rating”. As operadoras, em geral, vendem pacotes de
dados com um teto de consumo por plano. Mas, para atrair clientes, alguns aplicativos são excluídos da contagem de dados e podem ser acessados livremente.
WhatsApp, Meta Divulgação/Meta
Isso é possível por meio de acordos com as empresas de tecnologia. A operadora assume os
custos do fornecimento de dados para atrair clientes, ou cobra das fornecedoras do aplicativo
para manter esses planos.
Vivo
O executivo argumenta que o WhatsApp deixou de ser apenas um aplicativo de
mensagens, e se tornou uma plataforma de compartilhamento de fotos e vídeos, o que
aumenta o tráfego na rede.
Ele defende uma distribuição entre os agentes responsáveis pela geração de dados, ou seja,
as plataformas.
“Estamos discutindo que deveria haver um equilíbrio maior dos
que contribuem para a expansão da rede. Também estamos
comercialmente discutindo que, uma vez que eles são os grandes
geradores de tráfego, se este tráfego deveria ou não estar incluído
no nosso pacote. Não tem uma decisão tomada, é só uma
discussão”, frisou.
De acordo com Geabra, no entanto, não há qualquer decisão tomada nem um prazo para que
as mudanças comecem.

fim do whatzapp (1)
fim do whatzapp (1)

Claro
A prática também pode ser revista pela Claro. Além do WhatsApp, a companhia oferece o uso
ilimitado de Waze, Instagram, TikTok e Facebook em diferentes planos pré e pós-pagos, de
acordo com o valor dos pacotes.
O presidente do grupo Claro Brasil, José Felix, afirmou recentemente não ter dúvida de que o
zero rating foi um “erro, um equívoco”. A declaração foi dada em um evento de tecnologia.
Procurada pelo Valor, a Claro não se manifestou até a última atualização da reportagem.
TIM
O diretor de receitas da TIM, Fábio Avellar, disse ao Broadcast, do Estadão, que ter um tráfego
não remunerado sempre gera prejuízo. Segundo ele, a empresa precisa avaliar se a estratégia
atrai clientes o suficiente para bancar o custo.
A operadora foi a empresa que mais instalou antenas para o sinal 5G até o momento e procura
maneiras de compensar o investimento.
A TIM garante acesso livre a WhatsApp e Deezer nos planos pré e pós-pagos, que também
incluem Instagram, Facebook e Twitter ilimitados.
A TIM informou ao Valor que não irá comentar o assunto pois está em período de silêncio
(“quiet period”).
O que diz o código de defesa do consumidor?
O especialista em direito dos negócios, Lucas Euzébio, afirma que as operadoras não podem
revisar contratos em andamento, mas explica que é “plenamente possível” fazer alterações em
pacotes após o seu vencimento.
Isso porque os planos já apresentam um plano de validade no momento da contratação as
empresas não são obrigadas a manter os mesmos termos em eventual renovação com o
cliente.
Ele destaca que o mais importante é garantir ao consumidor o direito de informação.
“Os contratos não são imutáveis, mas tem que estar super claro, a
partir do vencimento do plano, quais serviços não vão ser
ilimitados. É direito do consumidor exigir que as fornecedoras de
serviço deixem claro que a rede não é ilimitada. As operadoras
também têm obrigação de educar o consumidor, definindo quais
serviços gastam mais que outros [áudio e vídeo gastam mais do
que texto, por exemplo]”, diz Euzébio.
Por
Paula
Martini,
Valor

Do
Rio
31/07/2023 16h19
Atualizado
há 16 minutos

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