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Gerente de Abastecimento da Comurg fica em silêncio e passa a ser investigado por Comissão Especial de Inquérito

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Segundo presidente da CEI, Ronilson Reis (PMB), Fabrício Sotto terá sigilos fiscal, bancário e telefônico quebrados. Vereador pretende ouvir, ainda, nove fornecedores, cujos contratos apontam para possível superfaturamento
Nesta segunda-feira (15), a reunião da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga supostas irregularidades na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) ouviria Fabrício Sotto da Silva, gerente de Abastecimento da empresa, mas, embora tenha comparecido, o depoente permaneceu todo o tempo calado. Acompanhado de advogada, Sotto apresentou, aos membros da CEI, habeas corpus preventivo, decisão judicial que lhe garantiu o direito de ficar em silêncio, principalmente diante de perguntas que pudessem incriminá-lo.

Mesmo com a liminar, os vereadores Ronilson Reis (PMB) e Welton Lemos (Podemos) – respectivamente presidente e vice-presidente da CEI – seguiram com questionamentos. Além de gerente de Abastecimento da Comurg, Fabrício Sotto responde por um contrato de R$170 milhões, firmado entre a companhia e a Rede Sol, para aquisição de gasolina e diesel. A Rede Sol é uma das clientes da empresa DX Tech, que fornece software para controle de combustíveis e tinha como sócio Adriano Gouveia, diretor administrativo-financeiro da Comurg, até algumas semanas antes do início da Comissão de Inquérito instalada pela Câmara – conforme apurado em depoimento do próprio Adriano, no dia 27 de março. Ainda segundo as investigações, Sotto e Adriano são amigos; ambos, naturais do interior de São Paulo.

Em uma primeira oitiva, realizada no dia 18 de abril – adiada após reclamações do advogado de Fabrício Sotto quanto à forma como as perguntas estavam sendo dirigidas ao seu cliente -, o gerente de Abastecimento da Comurg chegou a confirmar que veio à Goiânia após indicação de Adriano Gouveia, seu “amigo de muitos anos”. Na ocasião, ele declarou, também, que passou por um processo seletivo, inicialmente para trabalhar na área jurídica da companhia, por ser bacharel em Direito.

“Durante a triagem, a equipe de Recursos Humanos verificou que eu tinha qualificação em logística”, afirmou Fabrício Sotto, em seu primeiro depoimento à CEI, há menos de um mês. Dessa forma, em janeiro deste ano, o bacharel em Direito, paulista, foi contratado pela Comurg como assessor administrativo, e imediatamente nomeado gestor do contrato milionário com a empresa Rede Sol, pelo prazo de cinco anos. Em suas declarações à CEI, em março, o diretor administrativo-financeiro da Comurg, Adriano Gouveia, negou qualquer influência na escolha da empresa para cumprir o contrato e do amigo como gestor.

De testemunha a investigado

Diante do silêncio de Fabrício Sotto nesse segundo comparecimento à Comissão Especial de Inquérito, a reunião acabou mais cedo que o previsto. “A CEI não está aqui para emitir juízo de valor; buscamos esclarecimentos”, destacou o vereador Ronilson Reis. “Queremos entender porque só na Comurg acontece de a pessoa passar na porta, deixar currículo e, no dia seguinte, ser designada para gerir um contrato de R$170 milhões”, acrescentou. “O senho Fabrício é a única pessoa que se recusa a dar informações sob condição de testemunha. Isso mostra que parece ter algo obscuro nesse contrato”, argumentou o vereador Welton Lemos.

De acordo com o presidente da CEI, a partir de agora Fabrício Sotto será tratado como investigado – e não mais como testemunha. Ronilson Reis disse que solicitará, via requerimento a ser apresentado ainda nesta semana, a quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico do gerente de Abastecimento da Comurg. “Não existe motivo algum para que ele permaneça em silêncio, a não ser que haja alguma irregularidade a ser investigada. É o que faremos”, ressaltou.

Segundo Ronilson, outros requerimentos serão encaminhados pela CEI, também nesta semana, para novas oitivas. A Comissão deverá receber, nos próximos dias, pelo menos nove fornecedores da Comurg, cujos contratos são suspeitos de superfaturamento. “É impossível concluir os trabalhos até 30 de maio, como foi proposto pelo relator (vereador Thialu Guiotti). Provavelmente iremos até meados de junho”, anunciou o parlamentar, lembrando que o prazo, para apresentação do relatório final, é de 120 dias – com direito a prorrogação.

Fonte:goiania.go.leg.br

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